MARCOS FM
Marcos
Ferreira Mendes nasceu na cidade de Macaparana, Pernambuco, Brasil em primeiro
de julho de 1977. Começou a estudar música em 1990 na Sociedade de Cultura e
Musical 1º de Novembro (Timbaúba-PE), onde se formou como multi-instrumentista,
arranjador e maestro. Em 1995 começou a estudar no Conservatório Pernambucano
de Música, tendo concluído o curso de Técnico em Contrabaixo Elétrico em 2001.
Foi professor do Projeto TIM Música na Escola, em Recife. Foi professor de
música da Escola Santa Maria (Timbaúba – PE) de 2001 a 2005. Estudou Regência
com os professores Moisés da Paixão (Aeronáutica), Luiz Ricardo (Banda Capitão
Zuzinha – PMPE) e Ademir Araújo (Banda Sinfônica da Cidade do Recife). Em 2006
ingressou no curso de Licenciatura em Música da UFPE, tendo concluído em 2011.
Cursou a pós-graduação em nível de especialização em Metodologia do Ensino da
Música pela Uninter/IBPEX.
Participa
desde 2007 como arranjador do Festival da Humanidade, realizado pela Prefeitura
do Recife. Nas diferentes edições desse festival, através de seus arranjos
contribuiu para que as seguintes obras fossem classificadas e gravadas em CDs:
Sagrado silêncio da noite, maracatu de baque virado de Luciano Brayner,
em 2007; Abissal sou eu, maracatu de baque virado de Alcidésio Santana,
em 2008; Tambores do tempo, maracatu de baque virado de Rogério Rangel
em 2008; Jornada de caboclo, caboclinho
de Luciano Brayner, em 2008; Cambinda negra guerreira, maracatu de baque
virado de Bruno Simpson, em 2009 (prêmio de melhor arranjo); Trajetória,
caboclinho de Roberto Semifusa, em 2009; Frevo no ar, frevo-canção de
Reginaldo Siqueira, em 2009; Capibarizando, frevo de rua de Beto Hortis,
em 2011; Pipocando, frevo de rua de César Michiles, em 2011; Bloco
das flores, uma declaração de amor, frevo de bloco de Amaro Samba-5, em
2013; e Esse é o tom, frevo de rua de César Michiles,
em 2013.
Outras
composições também foram arranjadas nesse festival, mas não foram classificadas
e, portanto, não foram gravadas em CDs. São as seguintes: Guerreiro
de lança, caboclinho de Lourenço Neto e Flávio Souza, em 2009; Rei do Congo,
maracatu de baque virado de Nelson Gusmão, em 2009; Cara de carranca,
frevo de rua de Tiago Albuquerque, em 2010; Kalahari, maracatu de baque
virado de Nelson Gusmão, em 2010; Negreiros, maracatu de baque virado de
Xico Bizerra, em 2010; Morena pura alegria, frevo-canção de Bruno
Simpson, em 2010; Calunga abençoada, maracatu de baque virado de Andrezza
Formiga, em 2011; e Folião apaixonado, frevo-canção de Dom Tronxo, em
2011.
Realiza
também arranjos para a Orquestra Criança Cidadã do Coque (185 anos do Diario
de Pernambuco, com participação de Lenine; Cantatas natalinas, Concerto
rock, 100 anos das Irmãs Paulinas, entre outros). Participou também
do CD da Banda Sinfônica da Cidade do Recife (CD de 50 anos da
BSCR, arranjo da música Melodia sentimental; homenagem a João Silva; homenagem
a Humberto Teixeira; homenagem a
Terezinha do Acordeon e homenagem a Villa Lobos com participação da cantora
Teca Calazans). Também trabalhou como arranjador nos seguintes projetos: Baile
do Menino Deus (2013), Spokfrevo Orquestra (músicas arranjadas: Capibarizando,
de Beto Hortis, Pipocando, de César Michiles, e Cara de carranca,
de Tiago Albuquerque no CD Ninho de vespa, de 2014; Sax sanfona,
de Genaro, e Frevo pra ela, de Nonato Lima,
no CD Frevo sanfonado, de 2015; e On the brink, de Jerry
Bergonzi, para o Congresso Mundial de Saxofonistas na cidade de Strasbourg, na França,
em 2015 – na ocasião a música foi arranjada de jazz para frevo), Galo da
madrugada (músicas arranjadas: O Galo e o Chico, de Nelson Gusmão e
Marcelo Varella, Mar de alegria, de
Reginaldo Siqueira, e São Francisco folião, de Júnior Vieira, no CD
de 2013; e Galo canta com o Mestre Ariano, de Cláudio Almeida, Folia
no reino de Taperoá, de Dudu do Acordeom, Frevo no auto do reino de
Ariano, de André Rio, e É da Paraíba,
de Nelson Gusmão e Júnior Viera, no CD de 2014), Festival Moacir Santos,
cinema (filme:
Lua (2014)); Orquestra Popular do Recife (CD Para sempre
sonhar), Alaíde Costa e Gonzaga Leal (CD Fina porcelana),
show de 100 anos das Irmãs Paulinas em 2015 (arranjos para os cantores Daniel e
Agnaldo Rayol), Coral Edgard Moraes, A Trombonada, André Rio, Maciel Melo,
Fernanda Cabral, Josildo Sá, Cris Nolasco, Flor do Muçambê,
Lab. Big Band (UFPE), Wüste Welle Big Band (Alemanha), Carol Levy, Grupo
Instrumental Brasil (GIB), Quinteto Parambuco, Orquestra Arruando (Nilo
Otaviano e Maestro Kidbone), Oficina Agreste frevo – OAF do Maestro Jacques
Vasconcelos, entre outros.
Lecionou,
em 2010, no Curso de Formação de Oficiais (CFO) pela Secretaria de Defesa
Social
(SDS), participando assim da formação dos atuais regentes da Banda da PMPE
(Polícia Militar de Pernambuco). Tocou ao lado de Hermeto Pascoal, Quinteto Violado,
Orquestra Popular do Recife (Maestro Ademir Araújo), Spok, Claudionor Germano, Carlos
Malta, Caca Malaquias, Paulo Braga, Silvério Pessoa, Pascoal Meireles, Maestro
Duda, Maestro Edson Rodrigues, Maestro Guedes Peixoto, Cezinha do Acordeon,
Beto Hortis, Mestre Camarão, Adilson Ramos, Cristina Amaral, Cacau Arcoverde,
Climério de Oliveira, Orquestra Matéria Prima, entre outros.
Participou
dos seguintes workshops na Mostra Internacional de Música de Olinda
(MIMO):
Philip Glass (EUA), Mario Laginha (Portugal), Hamilton de Holanda (Brasil),
Omar
Sosa (Cuba), Childo Tomas (Moçambique), Sergio Álvares (USP/Brasil), Daniel
Schnyder (EUA),
Chick Corea (EUA), Pablo Lapidusas (Argentina), Shabaka Hutchings (Inglaterra),
Ermelinda Paz (Brasil), Zé Manoel (Brasil), Hermeto Pascoal (Brasil) e Itiberê
Zwarg (Brasil).
Participou
dos seguintes cursos: curso de Regência pelo FAT (Fundo de Amparo ao
Trabalhador), com o Maestro Moisés da Paixão (Aeronáutica), em 1998; curso de
Regência de Banda, com o Maestro Luiz Ricardo (Banda da PMPE), em 2002; curso
de Composição para Banda de Música, com o Maestro Ademir Araújo, em 2002; curso
de Harmonia Popular, com Ian Guest, em 2011; curso de Introdução à Harmonia Funcional,
com o Maestro Nenéu Liberalquino, em 2013. Participou do curso do IRSA
(International Rhythmic Studies Association) em 2013.
Participou
dos festivais: Recife Blues & Jazz Festival, em 2006; Expomusic, em São
Paulo, em 2006; Pré-amp de 2006; Mostra Brasileira de Música Antiga no Araripe,
em 2006; II Festival BNB da Música Instrumental, no Cariri, em 2007; Festival
Tipóia 10 anos, em Tracunhaém, em 2009; 16° Janeiro de Grandes Espetáculos, em
2010; 11ª Mostra Sesc Cariri de Cultura, em 2011; VII Mostra Cariri das Artes, em
2011; Porto musical – Convenção Internacional de Música e Tecnologia de 2011;
Projeto Arraial Instrumental, em 2011; diversas edições do Festival de Inverno
de Garanhuns;
Festival
do Frevo da Humanidade, em 2013; Duos – Música Instrumental Brasileira participação
ao lado do pianista Paulo Braga); Festival Moacir Santos 2014; Paço do Frevo
(projeto: Hora do Frevo, de 2014 a 2017) e Festival de Orquestras Populares (em
2017, realizado em Brasília, como baixista da Orquestra Popular do Recife). Considerado
Personalidade do ano 2003 pela CDL/Timbaúba-PE pelo comprometimento com a
cultura timbaubense; classificado no 1º Concurso Moacir Santos de Composição, (2008)
promovido pelo Conservatório Pernambucano de Música, com o frevo Frevando em
Recife; Prêmio de Melhor Arranjo do Festival de
Música Carnavalesca realizado pela PCR em 2009, recebeu do Colégio Cenecista de
Timbaúba uma medalha de Honra ao Mérito pelos 80 anos da Banda Pé-de-Cará.
Prêmio
de 1º lugar na categoria Frevo de Rua no Abraça Brasil 2015; Concurso Música
de
Carnaval de Pernambuco, com o frevo Deu formiga na cama foi?; recebeu um
troféu
da
Banda 15 de Novembro (Gravatá-PE) pela participação da Banda Sinfônica do CPM
no concerto de aniversário de 121 anos daquela filarmônica em 2015.
Professor
efetivo do Conservatório Pernambucano de Música (CPM) lecionando Contrabaixo
Elétrico, Harmonia Funcional, Arranjo, Prática de Conjunto, Música de Câmara, Estética
do Frevo, Análise de Música Moderna e Orquestração.
Regeu
durante seis anos (2012 – 2018) a da Banda Sinfônica do Conservatório
Pernambucano de Música.
Professor
efetivo do Centro de Educação Musical de Olinda (CEMO), lecionando Iniciação Musical,
Teoria Musical, Percepção Musical, Harmonia Tradicional, Solfejo e Prática de
Conjunto.
Em
2014 criou a Orquestra Quebramar, que tem como objetivos principais renovar o repertório
de frevo através de técnicas contemporâneas/vanguarda de composição com forte
influência jazzística, fazer releituras de frevos de compositores consagrados e
estimular a formação de plateia. Ministrou os seguintes cursos no Paço do
Frevo: “Harmonia Funcional” e “Orquestração e Arranjo para frevo de rua” em
2016, “Introdução a Arranjo para frevo de bloco” em 2018 e “Harmonia Funcional”
em 2019. Durante o III Encontro Pernambucano da Prática Instrumental do Frevo,
ocorrido em 2017, ministrou a oficina de Orquestração de Frevo. Ainda em 2017, participou
de uma roda de saberes na Escola de Música de Brasília, durante o Festival de Orquestras
Populares, ao lado dos maestros Ademir Araújo (Orquestra Popular do Recife), Letieres
Leite (Orkestra Rumpilezz), Maestro Forró (Orquestra Popular da Bomba do
Hemetério), Fabiano Medeiros (Orquestra Marafreboi), entre outros. Em 2018,
participou como compositor e
arranjador do Festival Nacional do Frevo, realizado pela Prefeitura da Cidade
do Recife.
Como
compositor foi premiado na categoria frevo de rua com a composição Sapecando,
que fez em homenagem ao bandolinista Jacob do Bandolim que teve o centenário de
nascimento lembrado nesse ano. Esse título faz menção à composição Sapeca,
famoso frevo de rua do bandolinista homenageado. Nesse mesmo festival, através
de seus arranjos, contribuiu para que as seguintes obras fossem igualmente
premiadas: Tempo de saudade, frevo de bloco de Luiz Guimarães, e Frevo
bregado, frevo-canção de Carlos Brasil. Outras composições também
arranjadas nesse festival, mas não classificadas, são as seguintes: o frevo de
bloco Flor que brota em meu jardim e o frevo-canção Ladeirando,
ambas de Jorge Dias.
Ainda
em 2018, participou pela segunda vez do projeto Duos: Música Instrumental
Brasileira, dessa vez ao lado da flautista Andrea Ernest (autora do livro Moacir
Santos ou Os caminhos de um músico brasileiro).
Desde
maio de 2018 participa do Centro de Música Carnavalesca de Pernambuco (Cemcape),
importante organização que atua em defesa da cultura pernambucana. É um dos
arranjadores do CD comemorativo aos 50 anos do programa O tema é frevo, idealizado
por Hugo Martins, radialista e presidente da Cemcape. Para esse projeto
arranjou os seguintes frevos de rua: Frevo na Unesco, de Hugo Martins; Agora
vai dar certo, de Reginaldo Silva; Sorriso de criança, de Givaldo
Silva; Denys, o travesso, de José Constantino; Sapecando, de
Marcos FM; Timbaúba no frevo, de José Gonçalves Júnior (Zumba); e Cidade
colorida, de Gilson Nascimento.
Participou
do projeto Frevo, memória & patrimônio, idealizado pelo Paço do
Frevo e lançado em 2018, o que resultou em um livro acompanhado de DVD.
Em
novembro de 2018 ministrou uma palestra na UFPE para os alunos de Licenciatura
em Música no projeto Vem pra roda, idealizado pela professora Klesia
Andrade.
Em
2019 a Orquestra Quebramar foi contemplada com o 10ª Prêmio da Música de
Pernambuco na categoria de Melhor CD
instrumental de 2018 pela Acinpe (Associação dos Cantores e Intérpretes de
Pernambuco).
Também
em 2019 ministrou uma palestra sobre arranjo de frevo na Banda da Aeronáutica no
Cindacta - Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo – de Recife.
É
autor dos livros Arranjando frevo de rua (2017), Arranjando frevo-canção (2019), Arranjando frevo de bloco (2020) e Batuque book de frevo (2020, em parceria com Climério de Oliveira). Todos os livros foram lançados pela Cepe Editora.