ESTÁ EM INGLÊS, MAS PARA QUEM JÁ TEM ALGUMA NOÇÃO SOBRE MÚSICA VAI ENTENDER ALGUMA COISA. BOM PROVEITO!
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terça-feira, 28 de janeiro de 2014
Inside the Big Band (Dentro da Big Band)
VALE A PENA ASSISTIR ESSE VIDEO AULA SOBRE BIG BAND ELABORADO POR QUEM MAIS ENTENDE SOBRE O ASSUNTO: OS AMERICANOS.
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sexta-feira, 24 de janeiro de 2014
O Dobrado: Breve Estudo de um Gênero Musical Brasileiro
O Dobrado: Breve Estudo de um Gênero Musical
Brasileiro
Artigo de José Roberto Franco da Rocha
Introdução
Tanta
gente já me fez perguntas sobre o dobrado que, depois
de algum
tempo, cheguei à conclusão de que, apesar de tão popular, o dobrado é um gênero
musical bastante desconhecido. Notei que os próprios músicos, ao manifestarem
sua curiosidade, revelavam ignorar as origens do dobrado e até mesmo a razão da
sua denominação. Ficava claro, também, que haviam dedicado pouquíssima atenção
ao estudo das principais características rítmicas, formais e harmônicas deste
gênero musical genuinamente brasileiro.
Ao
buscarmos explicações para tanto desconhecimento,constatamos que a principal
razão reside na enorme lacuna existente na nossa
literatura,
pois são quase inexistentes as teses, as monografias, os artigos ou quaisquer
outros trabalhos acadêmicos que tenham como objeto de estudo as nossas bandas
de música e, por conseqüência, um dos seus gêneros mais característicos que
é, sem
sombra de dúvida, o dobrado.
Naturalmente,
este artigo não tem a pretensão de suprir tamanha deficiência verificada nas
fontes escritas. Apresenta, apenas, alguns
aspectos
mais relevantes, tomados como essenciais para um melhor conhecimento do dobrado
e, dessa maneira, satisfazer esta curiosidade generalizada.
Ao final,
no entanto, serão feitas algumas considerações sobre os dobrados sinfônicos e
sobre uma coleção de dobrados, selecionados pelaspeculiaridades que apresentam,
as quais me levaram a denominá-los de“dobradinhos”. Aliás, nosso propósito
inicial era o de fazer apenas um estudo sobre esses dobradinhos, mas
verificamos ser necessário um trabalho mais amplo, contendo informações gerais
sobre as origens do dobrado, as suas principais características eoutras
informações complementares..
Uma
bibliografia, apesar de reduzida e nem sempre de fácil acesso, é citada com a
finalidade de levar os interessados a se aprofundarem no estudo das nossas
bandas de música e do gênero bandístico, por excelência, que é odobrado.
As
marchas militares
Sabemos
que, desde tempos imemoriais, pela própria natureza
das suas
missões, as tropas militares marcharam a pé ou a cavalo. Hoje, se utilizam dos
mais modernos meios de transporte e locomoção, mas, historicamente,nos
deslocamento pedestres ou hipomóveis, a cadência da marcha sempre variou em função
da situação tática. Sabemos, também, que é da mais antiga tradição militar que
a cadência dessas marchas fosse marcada por bombos e tambores,acompanhados de
pífanos, flautins, trombetas e de outros instrumentos musicais. Por evidente
analogia, a marcha, ou seja, o deslocar-se a pé ou montado, com o passar do
tempo, passou a ser sinônimo da música produzida pelo grupo que marcava a cadência,
durante esses deslocamentos. Disso resultou que, hoje, marcha é a música e
marcha é o deslocamento, de tal sorte que fica mais clara a frase: “A tropa
marcha ao som da marcha”.
As
diversas situações táticas exigem, basicamente, três cadências para os
deslocamentos da infantaria: o passo de estrada, que é uma
marcha
lenta e pesada, usual nos longos percursos; o passo de parada ou passo ordinário,
que é uma marcha bem mais rápida, com andamento próximo ao dobro do anterior,
utilizada em desfiles, continências e paradas militares; e o passo
acelerado,marcha de ataque para a tomada de pontos do terreno ou na carga sobre
as linhas inimigas.
Nas
tropas de cavalaria, essas cadências correspondiam, aproximadamente, às
andaduras ao passo, ao trote e ao galope, enquanto que, para as bandas de
música, as cadências desses passos foram se uniformizando bem pertodos
seguintes velocidades do metrônomo: 1) o passo de estrada: uma marcha lenta,com
marcação entre 68 e 76 tempos por minuto; 2) o passo dobrado: uma marcha
rápida,
com o metrônomo marcando de 112 a 124 tempos por minuto; e 3) o passo acelerado
ou galope, com marcações em torno de 160 tempos por minuto.
Não
tardou, porém, para que “passo dobrado”, que designava o andamento das marchas
rápidas, passasse a designar, também, a própria marcha ordinária das paradas,
continências e desfiles. O Dicionário Aurélio registra, no verbete passo, o
significado para passo ordinário: “andadura cadenciada, usada em deslocamento
militar, na qual se mantém velocidade que corresponda ao passo normal do
pedestre”. Para dobrado encontramos: “música de marcha militar”.
Passo
dobrado corresponde, literal e musicalmente, ao passo doppio dos italianos, ao
paso doble dos espanhóis, ao pas-redoublé dos franceses ou simplesmente à march
de ingleses e alemães.
A
cadência, a divisão rítmica e outras características das marchas militares,
principalmente, as da marcha rápida, foram, no entanto,
recebendo
forte influência do caráter nacional, fazendo com que se cristalizassem muitas
diferenças entre elas, segundo a suas nacionalidades.
Os
ingleses, por exemplo, possuem uma marcha rápida, a
quickmarch,
em compasso 6/8 e andamento bem semelhante ao das marchas latinas, porém sua
marcha mais tradicional, pesada e arrastada, tem andamento de 108 passos por
minuto. A marcha nacional britânica tem, portanto, características
distintas
das marchas latinas, bem mais rápidas. Distintas, mais ainda, das lépidas marchas
americanas, que, a partir da grande popularidade obtida por John Philip Sousa
(1856-1932), se fixaram no andamento de 120 passos por minuto.
Grande
parte dessa diversidade deve ser atribuída à distribuição dos valores rítmicos
imposta pelo compositor à partitura e, também, aos
valores
rítmicos existentes dentro dos seus compassos. No entanto, avulta sempre a importância
de um sentido rítmico inconsciente, condicionado pelo caráter nacional ou por
reflexos emocionais dos fatos, épocas e circunstâncias vividos pela comunidade
nacional. Não se pode, também, negligenciar a influência decompositores e
regentes que, em determinado momento, captaram esse sentido
rítmico
subjetivo e conseguiram traduzi-lo para modelos duradouros das marchas nacionais.
Nessa matéria, merecem destaque Giacomo Meyerbeer (1791-1864), na Alemanha;
Giovanni Battista Lully (1632-1687) e François Joseph Gossec (17341829), na
França; e bem assim o já citado Philip Sousa, nos Estados Unidos da América do
Norte.
No Brasil
não foi diferente, mas, embora tenhamos extraordinários compositores do gênero,
não podemos apontar nenhum que, em
particular,
tenha sido responsável direto pela criação de um modelo nacional de marcha
rápida. Podemos, no entanto, verificar que, sendo executada em toda a vastidão
do território nacional, a marcha, ou seja, o “passo dobrado” europeu, no transcorrer
do século , ficou completamente exposto às influências dos vários outros gêneros
musicais, que, por sua vez, já haviam sido inoculados pelas diversidades musical,
étnica e cultural das crescentes populações urbanas. Resultou, daí, a gradativa
consolidação de uma marcha brasileira, que, sob a denominação genérica de
dobrado, foi adquirindo e sedimentando características muito peculiares. E, na
medida
em que foi se distanciando dos modelos herdados do passo dobrado e das marchas
européias, o dobrado foi se consolidando como a marcha nacional brasileira por
excelência, de tal sorte que, a partir do último quartel dos anos 1800, o nosso
dobrado já possuía características melódicas,
harmônicas, formais e contrapontísticas que o distinguiam de outros gêneros
musicais, permitindo assim a
sua
inclusão no rol dos gêneros musicais genuinamente brasileiros.
Caracterização
do dobrado
Vimos que
o gênero dobrado teve sua origem no passo dobrado das marchas militares
européias. O dobrado, portanto, herdou e abrasileirou a maioria das características
musicais daquelas marchas, principalmente, no que se refere ao ritmo, aos
compassos, ao andamento, à estrutura formal, às tonalidades, à harmonia e ao
contraponto.
As
pesquisas para identificação dos dobrados brasileiros mais antigos são ainda
incipientes, mas pode-se afirmar, com segurança, que o gênero já se encontrava
bem definido, com as suas atuais características, na segunda metade dos
oitocentos. Tanto é que Mercedes de Souza Reis, em “Música Militar no Brasil no
Século XIX”, Imprensa Militar, Rio de Janeiro, 1952, nos informa sobre o
“Dobrado n.º 17”, de José da Anunciação Pereira Leite, datado de Aracaju -SE, 6
de janeiro de1877, cujas partes pertencem ao acervo do Corpo Musical da Polícia
Militar do Rio de Janeiro.
Há, pois,
que se dar prosseguimento às pesquisas nos arquivos musicais das bandas e
igrejas, nos acervos particulares e nas bibliotecas espalhados pelo território
nacional, não somente sobre o dobrado, mas conduzindo um grande e determinado
esforço para se proceder ao resgate, à preservação e à difusão deste rico
patrimônio cultural, que constitui a memória musical das bandas brasileiras.
1. Ritmo e compasso
O ritmo
do dobrado é binário, com forte acentuação do tempo
forte do
compasso, que usualmente é o compasso simples 2/4. O compasso composto 6/8 é
menos utilizado, mas, com relativa freqüência, aparece disfarçado na notação musical,
pela utilização de tresquiálteras ou tercinas. Já o compasso 2/2 ou ¢ é muito
raro nas
partituras nacionais, embora tenha preferência sobre o 2/4, na escrita musical
dos compositores norte-americanos e europeus. A falta de familiaridade com o
compasso 2/2 ou ¢ tem provocado a adoção de um procedimento, no mínimo, curioso.
Alguns maestros e copistas transcrevem as marchas estrangeiras para o compasso
2/4, com o objetivo de facilitar a leitura musical dos músicos de suas
bandas,
desabituados que estão com a leitura no compasso 2/2 ou ¢.
2. Cadência
O
andamento do dobrado é mais lento do que o da marcha americana e mais rápido do
que a marcha tradicional britânica. Sua cadência foi se estabilizando por volta
dos 112 passos por minuto, talvez pelo costume muito difundido da banda fazer
um pequeno desfile, tocando dobrados pelas cercanias da praça, chamando o
público para o coreto, onde logo mais realizaria sua apresentação. Este
costume, de origem muito antiga, encontramos, também, nos grupos folclóricos,
cuja marcha-de-estrada corresponde a uma marcação rítmica ininterrupta feita
pela zabumba, desde que sai da sede, durante todo o percurso, até o local de
uma festa. A cadência da banda, então, diminui para se tornar mais adequada ao
deslocamento dos músicos, até certo ponto penoso, principalmente no verão, por
causa do próprio esforço da execução instrumental, agravado pelo
desconforto
dos uniformes de gala, semelhantes aos das bandas militares, pelo peso dos
instrumentos e, até mesmo, pela idade, às vezes avançada, de alguns integrantes
do grupo musical.
Régis
Duprat, no encarte datado de 1978 e publicado com o disco “Dobrados”, volume
n.º 4 da coletânea “Três Séculos de Música Brasileira”, dirigida por Marcus
Pereira, sugere, também, a seguinte explicação: (No percurso da banda)...“o
ritmo, então, torna-se mais cômodo, mais lânguido; fixa-se o seu andamento por
volta de 110 passos por minuto. Poderíamos explicá-lo por seus conluios com a
languidez do lundu, do tanguinho, do maxixe, e pela tropicalização
generalizada
que os gêneros ganharam nestes Brasis?” Fica, pois, a explicação levantada pelo
grande maestro e pesquisador.
3. Estrutura formal
Formalmente,
o dobrado varia muito pouco, mantendo-se dentro de uma estrutura ternária em
que identificamos uma primeira parte (A), uma segunda (B) e um trio (C). A
primeira parte tem sempre uma pequena introdução, de quatro a dezesseis
compassos, sendo raramente maior que isso. O trio também pode ser antecedido de
uma pequena introdução ou, na verdade, um intermezzo, Após o
trio (C),
tem lugar uma reexposição das duas primeira partes (A-B). O esquema é o seguinte:
>
A-B-C e reexposição A-B.
Embora
dispensada em gravações, talvez para economia de
espaço
nos discos, a reexposição é aspecto imprescindível da estrutura do gênero musical,
de sorte que uma outra maneira de identificarmos a estrutura do dobrado leva-nos
a considerar a seguinte fórmula, também ternária: a exposição (A-B), o trio
(C) e a
reexposição (A-B), determinada na partitura pelo Da Capo (D.C.) ou Da Capo al
Fine.
Cabe aqui
ressaltar que, diferentemente das marchas, nos dobrados, é característica
fundamental da exposição que a sua última parte seja um solo dos instrumentos
mais graves (baixos, trombones e bombardinos). Este solo, vibrante. grave e
fortíssimo, é chamado de solo do baixo ou forte do baixo. É acompanhado por
todos os instrumentos de percussão, com forte marcação dos bombos e dos pratos,
e pela harmonia executada pela trompas, trompetes, flautas e
clarinetes,
que, às vezes, executam harpejos, trinados e outras inventivas e curiosos ornamentos
musicais. Vale notar que a execução do dobrado termina, quase invariavelmente,
após a reexposição do forte do baixo.
O trio
tem andamento ligeiramente mais lento do que as demais partes do dobrado.
Caracteriza-se, também, pela suavidade e doçura de sua linha melódica,
executada com dinâmica próxima do pianíssimo. Tem arranjos e instrumentação
peculiares, onde não faltam graves solos dos clarinetes, chorosos duetos e
outros elementos influenciados por sentimentos difusos, fazendo-nos lembrar certa
melancolia, encontradiça também nas valsas e em outros gêneros nacionais ou nacionalizados.
A seguir
é feito um resumo, que sabemos árido, mas que pretendemos exaustivo, sobre a
estrutura formal do gênero dobrado, cuja fórmula mais simples,
esquematicamente, representa a sua estrutura ternária. Todas as demais, como
veremos, serão variantes desta, que tem primeira parte (A), segunda (B), trio
(C) e reexposição ou Da Capo (A-B):
>
A-B-C-A-B.
É muito
grande o número de dobrados cujos temas levam ao desdobramento da exposição em
três partes (A-B-C), ao invés de somente as duas básicas (A-B). Haverá, neste
caso, a reexposição da primeira (A), representada por (A-B-A), cuja indicação,
na partitura, é feita por um retorno “dal Segno ou S” e um salto “al Coda ou
símbolo O”. Seguem-se então, a terceira parte, que é o solo do
baixo (C),
e o trio (D), para, então, indicada pelo Da Capo, ser feita a reexposição.
Esta
reexposição, às vezes, é abreviada na sua execução, pois, embora não haja indicação
nas partituras, os maestros dispensam a segunda parte (B), ou seja, determinam
a execução direta do salto al Coda, também chamado “pulo do Ó”, indose da
primeira parte (A) para o solo do baixo (C ) e. assim, finalizar-se o dobrado.
Estas
duas alternativas podem ser assim esquematizadas:
>
A-B-A-C-D e reexposição A-B-A-C ou
>
A-B-A-C-D e reexposição A-C.
Embora
mais raros, existem ainda dobrados cujos trios são
desdobrados
em duas partes. Se a exposição tiver duas partes (A-B), a elas seguirão as do
trio (C-D), antes da reexposição. No entanto, se a sua exposição for desdobrada
em três partes (A-B-C), após o solo do baixo, serão executadas as duas
partes do
trio (D-E) e depois a reexposição geral que, como vimos, pode ser abreviada
pela exclusão da segunda parte (B).
Os
respectivos esquemas serão, portanto:
>
A-B-C-D-A-B,
>
A-B-A-C-D-E-A-B-A-C ou
>
A-B-A-C-D-E-A-C.
Existem,
por fim, alguns dobrados com trios desdobrados em duas partes, mas cujas
partituras determinam a reexposição da primeira parte do trio, antes do Da
Capo, ou seja, antes da reexposição das primeiras partes. Nestes, se a
exposição for constituída apenas da primeira parte (A) e do solo do baixo (B),
a este se seguirão as duas parte do trio (C-D), com a reexposição de C, antes
do Da
Capo, que
dizer, antes da reexposição de A e B. conforme o esquema:
>
A-B-C-D-C-A-B
A exposição,
no entanto, poderá ser desdobrada em três partes
(A-B-C),
com reexposição da primeira (A), antes da execução do forte do baixo (C). Nestes
dobrados, o trio (D-E) será executado com a reexposição da parte D, antes da reexposição
geral (A-B-A-C) ou da reexposição abreviada (A-C), determinada pelos maestros,
como já vimos. Os esquemas abaixo devem facilitar a visualização desta
complexa
estrutura formal.
>
A-B-A-C-D-E-D-A-B-A-C, se no Da Capo for feita a reexposição completa das
primeiras partes, até o forte do baixo; ou
>
A-B-A-C-D-E-D-A-C, se no Da Capo for abreviada a
reexposição,
determinando-se a exclusão da segunda parte (B).
Estas
são, pois, as estruturas formais apresentadas pelo gênero
dobrado.
É verdade que podemos encontrar dobrados que não as obedecem rigidamente,
destacando-se, neste caso, os chamados dobrados sinfônicos, nos quais os
diversos temas são desenvolvidos sucessivamente, sem que haja, necessariamente,
reexposições. Sua estrutura é livre e, portanto, não se enquadrada nas fórmulas
acima apresentadas.
4. Tonalidade
Para
facilidade de exposição, tomemos como base a tonalidade dos trios, os quais,
tanto nos dobrados como nas marchas, serão sempre escritos em tons maiores.
Primeiramente,
embora não sejam os mais comuns, temos que registrar a existência de dobrados
cujas partes —todas elas, inclusive o trio— são escritas em uma mesma
tonalidade maior. Por exemplo, às partes da exposição em Sol Maior (G) segue-se
o trio, também, em Sol Maior (G).
O usual,
no entanto, nos dobrados e nas marchas, é que:
1)se a
exposição estiver em um determinado tom maior, no
trio,
altera-se a armadura da clave para que seja escrito no tom da subdominante, ou
seja, do quarto grau da escala desse tom maior, que será, portanto, uma
tonalidade
maior.
Por exemplo, quando as primeiras partes de um dobrado estiverem em Dó Maior
(C), o trio será escrito em Fá Maior (F);
2)se a
exposição estiver em uma determinada tonalidade menor, será mantida a armadura
da clave, mas o trio será escrito no tom do seu
relativo
maior. Por exemplo, se as primeiras partes estiverem escritas em Sol menor(Gm),
o trio deverá estar em Si Bemol maior (Bb), ambos, portanto, com dois bemóis na
armadura da clave.
Estas
regras, que vinculam a tonalidade do trio às tonalidades
das respectivas
exposições, só muito raramente são quebradas. Sua desobediência provocará
efeitos geralmente desagradáveis, a não ser que um intermezzo, ou seja,uma
introdução escrita para o trio prepare a modulação para uma nova tonalidade.
Isto
posto, podemos afirmar, com segurança, que essas regras são fundamentais do gênero
dobrado.
Aceita-se,
no entanto, alguma flexibilidade na tonalidade dos temas da exposição,
principalmente, quando eles são desenvolvidos em mais de duas partes. Variantes
relativamente comuns são:
a)a
primeira parte (A) em tom menor, a segunda (B), no seu
relativo
maior, vindo a terceira (C), executada depois da reexposição de A, no mesmo tom
menor inicial; o trio, como já sabemos, será no tom reativo maior de A e C;
b)a
primeira parte (A) em tom maior, a segunda (B) no seu
relativa
menor, vindo a terceira (C), que é executada depois da reexposição de A, no seu
mesmo tom maior inicial; o trio, como sabemos, terá o tom da subdominante ou quarto
grau da escala maior de A e de C;
c)a
primeira parte (A) em tom maior, a segunda (B) no tom da
dominante
ou quinto grau da escala maior de A, vindo a terceira (C), executada depois da
reexposição de A, no seu mesmo tom maior inicial e o trio, como já sabemos, no
tom da subdominante ou quarto grau da escala maior da primeira parte (A) e do
forte do baixo (C).
5. Arranjo e instrumentação
Este
artigo não comporta um estudo pormenorizado dos arranjos e da instrumentação,
no entanto, algumas considerações devem ser relevantes para os que pretendem
estudar esses assuntos mais profundamente.
Preliminarmente,
haveria que se fazer uma pesquisa sobre a história e evolução dos instrumentos
musicais e sobre a maneira como eles passaram a ser usados pelos compositores,
arranjadores e mestres de banda.
Em
segundo lugar, há que se lembrar que os dobrados são o bras polifônicas, nas
quais são utilizadas até quatro vozes dos vários instrumentos musicais das
bandas. Seus arranjos e, por conseguinte, a sua instrumentação se integram,
totalmente, à idéia original do compositor. Tal simbiose acarreta pelo menos
duas conseqüências mais diretas:
a) de um
lado, resulta a dificuldade extrema ou, até mesmo, a impossibilidade de suas
partituras serem reduzidas a piano, encarecendo, portanto, a sua divulgação
pela necessidade de impressão ou cópia das partes cavadas de todos os
instrumentos musicais de uma banda padrão;
b ) de
outro, a dificuldade para restauração de partituras deterioradas ou
incompletas, bem como para a elaboração de novos arranjos e nova instrumentação,
sem que se deturpe o sentido básico da composição, segundo a concepção original
que lhe deu o compositor.
É
necessário, ainda, considerar que os dobrados, na sua grande maioria, são
composições feitas pelos mestres de bandas, para serem
executados
pelos seus próprios músicos. São, composições, que tenho denominado “composições
locais”, porque são destinadas a um grupo musical específico e a um público de
determinado ponto deste nosso imenso território. Assim sendo, além da própria
melodia, os arranjos e a instrumentação vão sofrer a influência direta do gosto
musical vigente numa certa época daquela comunidade. É muito provável que tais
influências é que nos levam a encontrar dobrados com arranjos e instrumentação semelhantes
aos das polcas ou das marchas alemãs ou, ainda, que os fazem se aproximar do frevo, das cirandas, das polcas
e habaneras ou de tantos outros gêneros populares.
Numa
quarta consideração, é bom ter-se em mente que os arranjos são influenciados,
também, pela existência ou ausência, na banda, de
determinados
instrumentos musicais. Assim podemos notar que são raros os arranjos que
exploram os naipes de saxofones, usuais nos arranjos para orquestras de danças,
as chamadas “big bands”. Os naipes de saxofones acabaram por não fazer parte do
estilo
das nossas bandas. Usualmente, são desmembrados pelos arranjadores que escrevem
para o saxofone soprano, copiando os clarinetes, enquanto colam o saxofone alto
nos trompetes ou nos trombones; para o saxofone tenor a parte é idêntica à do bombardino
e para o saxofone barítono, raríssimo nas bandas, utilizam
a parte
da tuba Mi Bemol.
Outro
exemplo, este deplorável, é o que está ocorrendo em
algumas
bandas paulistas, nas quais deixaram de existir clarinetes, instrumentos cujos
timbres caracterizam a sonoridade, a linguagem musical e o estilo das bandas.
Na ânsia
de conseguir algum dinheiro nos Carnavais, os jovens optaram pelos trompetes e
trombones. Na ausência, também, de bons mestres, os clarinetes foram sendo,
sistematicamente, abandonados. O golpe final lhes foi desfechado pela absurda
regulamentação dos concursos das chamadas “bandas marciais”, que
proíbe os
instrumentos de palheta. Assim é que, nessas bandas, não são mais possíveis
concertos com arranjos especialmente escritos para bandas de música. A ausência
insubstituível dos clarinetes provoca uma perda de qualidade musical insuperável,
tornando qualquer tentativa um ridículo arremedo das verdadeiras intenções do
compositor ou do arranjador, que as traduziram em suas partituras.
Finalmente,
estamos certos de que não é nada desprezível a influência que o nível técnico
dos músicos exerce sobre os arranjos, Este fator é tão importante que chega a
condicionar a instrumentação planejada, pois, na ânsia de apresentar suas obras
nos concertos da banda, muitas vezes o maestro sacrifica o arranjo e,
conseqüentemente, a instrumentação, com o objetivo de tornar a partitura acessível
e executável pelo conjunto de instrumentistas de que dispõe. Além do grande
trabalho exigido para a adaptação de um arranjo ao nível dos instrumentistas,
há sempre uma perceptível perda de qualidade, motivos que levam os maestros a
excluírem do repertório, um grande número de peças musicais, frustrando os
músicos mais adiantados e, não poucas vezes, decepcionando o seu
público.
A
despeito dessas considerações, veremos que, via de regra, a
partitura
de um dobrado é complexa, comportando, no mínimo, os arranjos para os seguintes
instrumentos da banda de música:
a) para a
seção das madeiras:
-flauta
(raro) e flautim (mais raro ainda);
-requinta
e clarinetes (1.º, 2.º e 3.º);
-Saxofone
alto e saxofone tenor;
b) para a
seção dos metais:
-trompetes
(1.º, 2.º e 3.º);
-trompas,
gênis ou sax horns (1.º, 2.º e 3.º);
-trombones
de canto (1.º, raramente o 2.º);
-trombones
de harmonia (1.º, 2.º e 3.º);
-bombardinos
(1.º, raramente o 2.º);
-baixo-tuba
(afinação em Mi bemol e Si bemol);
c) para a
seção de percussão;
-bombo e
pratos:
-caixa
clara e muito raramente outro instrumento.
Seguem-se
as principais observações que podem ser feitas
sobre
essa instrumentação:
1) embora
colocados na seção das madeiras, nos arranjos, os
saxofones
nem sempre trabalham juntamente com as madeiras, como, aliás, foi já
exposto
logo acima;
2) os
trombones de canto dão suporte à melodia dos dobrados,
apoiando
os clarinetes e outros instrumentos, da mesma forma que, antes da popularização
do saxofone alto, eram feitas também partes para trompas de canto, afinadas em
Mi bemol;
3) nas
partituras antigas, a percussão é denominada “pancadaria”, mas a maioria delas
é escrita, apenas, para bombo (marcação) e, nos
fortes,
bombo e pratos (tutti);
4) Uma
última, mas que reputo importante observação, diz respeito ao costume
generalizado de arranjadores e maestros escreverem as partes dos instrumentos
mais graves, ou seja, dos trombones, bombardinos e baixos, com a armadura na
Clave de Sol. É de extrema necessidade, urgência e racionalidade que esses
arranjadores e, principalmente, que os maestros e os mestres de banda, abandonem
de vez essa prática tão nociva aos músicos e que passem, sistematicamente, a
utilizar a Clave de Fá, transcrevendo assim os sons reais, facilitando o
intercâmbio de arranjos e partituras, e, sobretudo, o trânsito dos jovens para
estudos mais avançados dos seus instrumentos ou para integrarem como profissionais,
os conjuntos sinfônicos nacionais ou estrangeiros.
6. Harmonia
A
harmonia dos dobrados, em geral, é bastante singela, sendo
esporádico
o uso de acordes dissonantes. As seqüências harmônicas e as cadências são tão
comuns, que se pode falar na existência de padrões de harmonização. Por exemplo,
pelas anotações deixadas pelo Luiz de Almeida Rosa, que foi um dos
fundadores
da Banda Linense e maestro da Banda de Guaiçara, SP, é possível verificar que
harmonizava as suas composições e os seus arranjos, utilizando um método que
consistia no emprego das tríades sobres os graus da escala do tom da melodia,
em que, os graus I e III eram harmonizados pelo acorde da tônica; os graus V e
VII, pelo acorde da dominante (raramente com a sétima); os graus IV e VI, pelo acorde
da subdominante; e o grau II, pelo acorde da dominante ou pelos acordes maior e
menor da sobretônica.
Um
relatório da análise harmônica do desenvolvimento de um tema, correspondente a
uma parte da exposição ou do trio, em tom maior, pode ser apresentado,
resumidamente, da seguinte maneira:
Evidentemente,
nem todos os dobrados têm uma harmonia assim tão simples. Há, pelo contrário,
dobrados com harmonia bastante elaborada e complexa.
Sugiro,
pois, aos interessados, que passem a cultivar o exercício sistemático da
análise, para, através dela, ampliar e sedimentar os seus conhecimentos sobre a
estrutura formal e as características harmônicas do dobrado, assim como de
qualquer outro gênero musical.
7. Contraponto
Uma das
características fundamentais do dobrado, como gênero musical, é a utilização
intensiva do contraponto.
O
contraponto, também chamado contracanto, é encontrado em todas as partes do
dobrado, da exposição ao trio. Através dele estabelece-se um diálogo permanente
entre os diversos instrumentos, os timbres e as seções da banda.
Arranjos
de extraordinária inventividade, além de riqueza musical, representam grande
desafio técnico para os músicos, que lutam com entusiasmo e os superam com grande
satisfação. O contraponto, em que o bombardino é quase sempre o instrumento
mais exigido, proporciona um deleite especial para os músicos, mas é, sobretudo,
destinado aos ouvintes.
Pela alta
qualidade do contraponto, o público das bandas tem a oportunidade de desfrutar
belas páginas da nossa música, que, sem dúvida, são as preenchidas pelos
dobrados, no grande, rico e diversificado livro da música instrumental
brasileira.
Os
Dobrados sinfônicos e os dobradinhos
Os
dobrados sinfônicos, por desenvolverem sucessivamente vários temas, geralmente
se tornam maiores do que os dobrados comuns, não obedecendo às rígidas regras
da estrutura formal característica do gênero musical, como vimos anteriormente.
Analisando
as partituras de diversos acervos musicais, comecei a encontrar um bom número
de dobrados, bem distintos dos dobrados sinfônicos, mas que apresentavam
significativas diferenças, em relação aos padrões que já descrevemos como
característicos do gênero.
Selecionei,
então, uma série desses dobrados que passei a
chamar de
“dobradinhos” porque:
a.
em geral,
possuem estrutura formal mínima, ou seja, obedecem ao esquema
exposição-trio-reexposição: > A-B-C-A-B:
b. o
fraseado é, muitas vezes, irregular, não se fixando no
desenvolvimento
comum das frases de quatro ou oito compassos;
c. há uma
modulação antecipada para o II ou para o IV grau
da
tonalidade, levando a marcha harmônica à cadência, o que faz com que o desenvolvimento
do tema tenha resolução em dezesseis compassos, quando o usual é que ocorra em trinta
e dois.
Os
dobradinhos possuem também características estéticas e, portanto, subjetivas
que os distinguem muito bem. São músicas lépidas, vivas e alegres, com certa
veia jocosa e debochada, bem ao gosto das pequenas bandas interioranas e que
alguns chamavam de: “Dobradinho para ser tocado na porta do circo!”
Não havia
na frase qualquer conotação pejorativa, pois buscava-se encontrar formas de
expressar verbalmente as características estéticas do estilo musical dos
dobradinhos. E, justamente por essas características, os dobradinhos nos fazem
lembrar os saudosos espetáculos circenses da nossa infância, sempre precedidos
de uma festiva apresentação da banda de música, que, postada à frente do circo,
iluminada pelo pisca-pisca de centenas de luminárias coloridas que lhe
emprestavam um ar surrealista, esmerava-se em seguidas execuções de maxixes, galopes
e dobradinhos, convocando, assim, o público para o espetáculo, cujas mais incríveis
maravilhas e extravagâncias eram anunciadas com insistência pelos altofalantes.
Infelizmente,
hoje as bandas não tocam mais dobradinhos, nem mesmo na porta dos circos.
Algumas vezes, no entanto, eles aparecem em alguma novela da televisão,
executados por uma “charanga” ou “furiosa”, apelidos populares das nossas
pequenas bandas interioranas. Incidentalmente, caracterizam, de modo bastante
estereotipado, a vida provinciana e atrasada das pequenas cidadescenários, levando,
assim, aos telespectadores a falsa idéia de que as bandas de música só têm
sentido de existir num quadro social semelhante ao caricaturado pelo folhetim
eletrônico.
Talvez,
para que se desfaça tal engodo e, também, por inúmeras outros motivos, seja tão
importante a preservação dos dobradinhos, dos dobrados e de todos os gêneros
musicais que sempre foram cultivados pelas nossas bandas de música, alguns
deles, como sabemos, tipicamente brasileiros.
Bibliografia
Almeida,
Aluísio. “Folclore da Banda de Música”. in Revista do Arquivo Municipal
de São
Paulo, vol. CLXXVI, 1960.
Almeida,
Renato. “História da Música Brasileira”. F. Briguiet & Cia. -Editores. 2.ª
edição.
Rio de Janeiro, 1942.
Sousa,
José Geraldo de. “Folcmúsica e Liturgia: Subsídios para o Estudo do
Problema”.
Editora Vozes, Petrópolis, RJ, 1966.
Tinhorão,
José Ramos. “História Social da Música Brasileira”. Editorial
Caminho,
Lisboa, Portugal, 1990.
_______ .
“Musica Popular de Índios, Negros e Mestiços”. Editora Vozes,
Petrópolis,
1972.
_______ .
“Pequena História da Música Popular: da Modinha à Lambada”. Art
Editora,
6.ª edição, São Paulo, 1991.
_______ .
“Música Popular: Os Sons que Vêm da Rua”. Edições Tinhorão, Rio de
Janeiro,
1976.
Vasconcelos,
Ary. “Panorama da Música Popular Brasileira”. São Paulo, Editora
Martins,
1964, 2 volumes.
_______ .
“Panorama da Música Popular Brasileira na Belle Époque”. Livraria
Santana,
Rio de Janeiro, 1977.
Vicente
Salles. “Sociedades de Euterpe; As Bandas de Música no Grão-Pará”.
Edição do
autor, Brasília, 1985.
Série Três Séculos de Música Brasileira
Série Três Séculos de Música Brasileira
ESSA SÉRIE CONSISTE DE 4 ÁLBUNS DE MÚSICA BRASILEIRA PESQUISADA, ARRANJADA, RESTAURADA E DIRIGIDA POR Régis Duprat and Rogério Duprat.
TRÁS MÚSICAS COMPOSTAS ENTRE OS SÉCULO XIX E XX.
A COLEÇÃO FOI LANÇADA EM 1978 PELA GRAVADORA COPACABANA.
DISCO 1: VALSAS E POLCAS
DISCO 2: MAXIXES
DISCO 3: A BELA ÉPOCA
DISCO 4: DOBRADOS
SIGAM OS LINKS PARA BAIXAR OS 4 ÁLBUNS:
http://parallelrealitiesstudio.wordpress.com/2013/03/31/serie-tres-seculos-de-musica-brasileira-vol-3-valsas-polcas-1978/?relatedposts_exclude=11095
http://parallelrealitiesstudio.wordpress.com/2013/03/31/serie-tres-seculos-de-musica-brasileira-vol-2-maxixes-1978/?relatedposts_exclude=11093
http://parallelrealitiesstudio.wordpress.com/2013/03/31/serie-tres-seculos-de-musica-brasileira-vol-3-a-bela-epoca-1978/?relatedposts_exclude=11095
http://parallelrealitiesstudio.wordpress.com/2013/03/31/serie-tres-seculos-de-musica-brasileira-vol-4-dobrados-1978/?relatedposts_exclude=11111
ESSA SÉRIE CONSISTE DE 4 ÁLBUNS DE MÚSICA BRASILEIRA PESQUISADA, ARRANJADA, RESTAURADA E DIRIGIDA POR Régis Duprat and Rogério Duprat.
TRÁS MÚSICAS COMPOSTAS ENTRE OS SÉCULO XIX E XX.
A COLEÇÃO FOI LANÇADA EM 1978 PELA GRAVADORA COPACABANA.
DISCO 1: VALSAS E POLCAS
DISCO 2: MAXIXES
DISCO 3: A BELA ÉPOCA
DISCO 4: DOBRADOS
SIGAM OS LINKS PARA BAIXAR OS 4 ÁLBUNS:
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Série Três Séculos de Música Brasileira
Série Três Séculos de Música Brasileira Vol.1 – Valsas & Polcas (1978)
1
Copacabana COLP 12237
The fourth and final album of this series is volume 1, dedicated to the Valsas and Polcas.
As in the other three albums of this series, the music was found, restored, arranged and directed by Régis Duprat and Rogério Duprat.
Dance either Valsa or Polca or both to these Valsas and Polcas:
01. Dolente (José Carlos Dias)
02. Leonor (Silva Jr.)
03. A Mariquinha I (José Joaquim Goiano)
04. Só Assim (Romualdo Miranda)
05. Francisco Calheiros (Benedito Silva)
06. Professor Julio de Morais (Idalino Bruno de Barros)
07. Ferreira D’almeida (Benedito Silva)
08. Não Sei Se Sabes (Autor Desconhecido)
09. A Mariquinha II (José Joaquim Goiano)
10. Que Língua Não (Autor Desconhecido)
02. Leonor (Silva Jr.)
03. A Mariquinha I (José Joaquim Goiano)
04. Só Assim (Romualdo Miranda)
05. Francisco Calheiros (Benedito Silva)
06. Professor Julio de Morais (Idalino Bruno de Barros)
07. Ferreira D’almeida (Benedito Silva)
08. Não Sei Se Sabes (Autor Desconhecido)
09. A Mariquinha II (José Joaquim Goiano)
10. Que Língua Não (Autor Desconhecido)
CLICK NA PALAVRA "VOLUME 1" ABAIXO PARA BAIXAR O ÁLBUM:
Créditos: Pedro & 300 discos
fonte: http://parallelrealitiesstudio.wordpress.com/2013/03/31/serie-tres-seculos-de-musica-brasileira-vol-3-valsas-polcas-1978/?relatedposts_exclude=11094
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