Recife - Jazz une África, EUA, Holanda e Brasil
Publicado em 19.09.2008
A versatilidade do jazz ganha destaque nos palcos do Recife neste fim de semana em dois festivais dedicados ao ritmo que nasceu nos Estados Unidos e já passou por múltiplas releituras. O Olinda Jazz, que começou na última terça-feira com um projeto de residência urbana no Quilombo Urbano – Nação Xambá, conta com diversos shows hoje e amanhã, além de uma homenagem a Toinho Alves (ver matéria vinculada). Já o Recife Jazz começa hoje, às 21h, promovendo o encontro entre artistas nacionais e internacionais no Teatro de Santa Isabel.
A primeira atração da noite é a banda pernambucana Treminhão, que mistura influências eruditas e da música regional e no mês passado lançou o seu segundo CD, Panelada. Em seguida, se apresentam o pianista cubano Omar Sosa e o Afreecanos Quartet, que também é formado pelo norte-americano Marque Gilmore (bateria), o moçambicano (Childo Tomas) e o senegalês Mola Sylla (percussão e vocal). A música deles é o resultado da fusão entre elementos eletrônicos e ritmos afro-cubanos. Além de três indicações ao Grammy, Sosa teve seu disco Mulato (2006) indicado ao prêmio de Latin Jazz Album of the Year, pela Associação de Jornalistas de Jazz de Nova Iorque.
Amanhã, é a vez da Uptown Blues Band, uma das pioneiras do blues no Nordeste, fazer o show de abertura da noite. Depois deles, sobrem ao palco os sul-africanos do grupo vocal Kholwa Brothers, que utiliza apenas a percussão corporal em suas apresentações. O grupo formado por Derrick Mlambo (soprano), Bonokwake Mlambo (tenor), Francis Mlambo (baixo) e Mike Mlambo (alto), interpreta músicas tradicionais de uma província que é considerada o berço da cultura Zulu. Surgidas entre os trabalhadores das minas de ouro, elas se tornaram um símbolo durante a luta contra o Apartheid.
A programação do domingo começa às 20h, com o Quinteto Violado. O grupo fará uma apresentação especial de temas instrumentais que inclui músicas do próximo disco deles, Quinto elemento. O encerramento do Recife Jazz acontece com o encontro entre a trompetista Saskia Laroo e o quarteto Cram, liderado pela guitarrista holandesa Corrie van Binsbergen. Saskia é uma das poucas mulheres trompetistas com mais de três décadas de estrada e define seu estilo como “jazz-dance-world-pop”. Já o trabalho de Corrie van Binsbergen mistura rock e jazz, com muito improviso. Além dela, o Cram é formado por Arend Niks (bateria), Rutger van Otterloo (saxofones) e Mick Paauwe (contrabaixo).
» Recife Jazz. Hoje e amanhã, às 21h. Domingo, às 20h. Ingressos: R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia), à venda na bilheteria do Teatro. Informações: 3232-2939
Jornal do Commércio
Link com acesso restrito para assinantes:
http://jc.uol.com.br/jornal/2008/09/19/not_299859.php
A versatilidade do jazz ganha destaque nos palcos do Recife neste fim de semana em dois festivais dedicados ao ritmo que nasceu nos Estados Unidos e já passou por múltiplas releituras. O Olinda Jazz, que começou na última terça-feira com um projeto de residência urbana no Quilombo Urbano – Nação Xambá, conta com diversos shows hoje e amanhã, além de uma homenagem a Toinho Alves (ver matéria vinculada). Já o Recife Jazz começa hoje, às 21h, promovendo o encontro entre artistas nacionais e internacionais no Teatro de Santa Isabel.
A primeira atração da noite é a banda pernambucana Treminhão, que mistura influências eruditas e da música regional e no mês passado lançou o seu segundo CD, Panelada. Em seguida, se apresentam o pianista cubano Omar Sosa e o Afreecanos Quartet, que também é formado pelo norte-americano Marque Gilmore (bateria), o moçambicano (Childo Tomas) e o senegalês Mola Sylla (percussão e vocal). A música deles é o resultado da fusão entre elementos eletrônicos e ritmos afro-cubanos. Além de três indicações ao Grammy, Sosa teve seu disco Mulato (2006) indicado ao prêmio de Latin Jazz Album of the Year, pela Associação de Jornalistas de Jazz de Nova Iorque.
Amanhã, é a vez da Uptown Blues Band, uma das pioneiras do blues no Nordeste, fazer o show de abertura da noite. Depois deles, sobrem ao palco os sul-africanos do grupo vocal Kholwa Brothers, que utiliza apenas a percussão corporal em suas apresentações. O grupo formado por Derrick Mlambo (soprano), Bonokwake Mlambo (tenor), Francis Mlambo (baixo) e Mike Mlambo (alto), interpreta músicas tradicionais de uma província que é considerada o berço da cultura Zulu. Surgidas entre os trabalhadores das minas de ouro, elas se tornaram um símbolo durante a luta contra o Apartheid.
A programação do domingo começa às 20h, com o Quinteto Violado. O grupo fará uma apresentação especial de temas instrumentais que inclui músicas do próximo disco deles, Quinto elemento. O encerramento do Recife Jazz acontece com o encontro entre a trompetista Saskia Laroo e o quarteto Cram, liderado pela guitarrista holandesa Corrie van Binsbergen. Saskia é uma das poucas mulheres trompetistas com mais de três décadas de estrada e define seu estilo como “jazz-dance-world-pop”. Já o trabalho de Corrie van Binsbergen mistura rock e jazz, com muito improviso. Além dela, o Cram é formado por Arend Niks (bateria), Rutger van Otterloo (saxofones) e Mick Paauwe (contrabaixo).
» Recife Jazz. Hoje e amanhã, às 21h. Domingo, às 20h. Ingressos: R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia), à venda na bilheteria do Teatro. Informações: 3232-2939
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Fotos de Marcos e Quinteto Violado (Brasil), CRAM (Holanda) e Saskia Laroo (
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